sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Os 10 melhores hostels de Amesterdão

O jornal Inglês ‘The Guardian’ elegeu recentemente os 10 melhores hostels de Amesterdão e nós achámos que seria a altura ideal para te dar algumas dicas sobre esta cidade!

Quisera eu ter tido estas sugestões quando lá fui há 4 anos atrás, pela primeira vez. Bem, a verdade é que provavelmente não poderia ter ficado em nenhum destes hostels. É que apesar do "The Guardian" os ter considerado "budget bed", a verdade é que um hostel com quartos duplos entre 70€ a 100€ não é propriamente cheap para os tugas. Mas pronto... conta a intenção!

Amesterdão é uma cidade interessante, com uma cultura única e uma beleza intrínsecamente ligada aos múltiplos canais de água, que labirinticamente correm a cidade.


Ver mapa maior

Está longe de ser a minha cidade Europeia favorita, mas recomendo uma visita de 2/3 dias, com um grupo de amigos porreiro! Há que cometer "loucuras" nem que seja uma vez na vida e Amesterdão é a cidade perfeita para isso. Sim, estou a falar de passarem uma tarde animada numa das muitas "coffee shops", não.. não estava directamente a falar do "Red Light District", mas gostos são gostos e em Amesterdão há gostos para tudo :)




Para quem como eu, gosta de viajar sem gastar muito dinheiro, proponho que adquiram logo à chegada, no aeroporto de Schiphol, o I Amersterdam Card, um cartão que te dará acesso gratuito a museus, transportes públicos e descontos em restaurantes e bares! Vejam o video promocional aqui:


Em relação a preços... tenho ideia de terem subido ligeiramente desde a minha primeira visita, pois creio que paguei 50€ por 72 horas, mas de qualquer forma, vale sempre a pena pois têm transportes de borla, tours de barco pelo canal (e são bem caros), museus e ainda os ditos vouchers de desconto. Podem consultar todas as atracções turísticas de Amesterdão aqui.

Preços actualizados:



I amsterdam City Card for 72 hours - € 59,00

Para terminar, não é só o centro de Amesterdão que é belo e vale a pena visitar! Recomendo uma tarde de passeio pelos arredores e visitar um dos muitos famosos moinhos de vento. Eu visitei o Molen Van Sloten mas existem muitos mais.



A paisagem é dominada pelo verde intenso dos campos holandeses, como podem reparar pelas minhas fotografias e se forem na altura certa do ano, poderão ver os imensos campos de flores!

Espero que disfrutem!

sábado, 3 de setembro de 2011

Restaurante Rubro

Os viajantes encerraram mais uma semana de trabalho com uma visita a um restaurante da nossa capital. Desta feita dirigimo-nos à Praça de Touros do Campo Pequeno com uma reserva no restaurante Rubro (antigo "VinoTinto").
O restaurante dispõe de uma esplanada que, num dia soalheiro, convida à toma de uns aperitivos ou mesmo da refeição.
O interior, com bancos corridos e mesas em madeira, remetem-nos para memórias das antigas tabernas, mas não se deixe enganar, apesar de minimalista é bastante acolhedor.

Restaurante conhecido pela extensa carta de vinhos, toda uma fachada recheada de néctares nos acompanha à medida que percorremos os degraus que ligam o piso térreo ao andar superior. Para esta refeição optou-se por um "Pinga Amores - Reserva 2009" (16€), vinho alentejano produzido pela Senhora da Penha e de autoria do enólogo Celso Pereira.
Nota do Adegga: 4/5
Breve história no The Wine Company

Colocado o vinho a respirar passou-se aos "comes".
Restaurante espanhol que se preze tem as tão famosas tapas, e o Rubro dispõe de uma simpática e interessante carta neste capítulo.
Menu "Degustação de Tapas" (dose e meia)

Começando pelo canto superior esquerdo e no sentido dos ponteiros do relógio temos:
  • "Mini Trouxas de Chèvre". Massa folhada a fazer o papel que lhe era devido, o queijo de cabra intenso cortado ligeiramente com compota de frutos vermelhos e alguns frutos secos para ajudar ao crocante da massa. Uma verdadeira delicia!
  • "Mini Hambúrguer de Alheira e Espinafres". Alheira apresentada como se de um hambúrguer se tratasse, numa cama de espinafres salteados com uma base de bolacha. Não sendo fenomenal, o crocante da bolacha ajuda a criar alguma diversão dentro da boca.
  • "Courgette com Gambas". Que agradável surpresa, o sabor delicado da courgette a "esconder" uma gamba suculenta e cozinha no ponto.
  • "Peixinhos da Horta". Vou confessar que não sou grande apreciador de peixinhos da horta, mas estes estavam tão bons quanto os que a minha avó materna fazia, se a memória não me falha. Bem escorridos de óleo, não se tornaram nada enjoativos. Estaladiços por fora e com o feijão verde suculento e bem verdinho como manda a tradição. Cumpriu.
  • "Shot de Gaspacho de Maçã". Gaspacho à moda de Espanha, uma sopa portanto. A acidez da maçã conjuga na perfeição com o sabor do pepino, criando uma verdadeira busca de sabores. Interessante.
Cada dose de tapas custa 4€ tendo a degustação o valor de 12€.
Entre o momento em que começa a bebericar o seu vinho e a chega das tapas, terá um couvert de pão e azeite.

Para a refeição provou-se os seguintes pratos:
  • "Chuletón de Buey" (35€)
Costeletão de Boi

Uma costeleta de boi bem selada, permitindo que o interior, mal-passado, conserve os sucos da carne. Tempero digno de carne grelhada, estava saboroso e muito tenro. A acompanhar com batata pré-cozida e salteada com pele. Na carta este é um dos pratos aconselhados pelo chefe e tem uma nota que deverá de ser partilhada. Pois bem, deverá de ser partilhada por pessoa e meia no máximo.
Apesar do tempero, da textura e da confecção perfeita da carne, pede-se mais de um "costeletão" de boi. Estes tipos de pratos são, como diria o celebrity chef Jamie Oliver, dignos de um Captain Caveman, quer-ser muito mal-passado, tenro, bem temperado e GRANDE. Talvez se retirarem a nota "para partilhar" deste prato, então estamos de acordo!

  • "Plumas de Cerdo Ibérico" (12€)
Plumas de Porco Preto

Mais um prato aconselhado pelo chef, a carne apresentou-se perfeita. Grelhada no ponto certo, muitíssimo tenra, sem muita gordura e saborosa. Acompanhamento idêntico ao prato anteriormente descrito, mostrou alguma monotonia.

  • "Solomillo de Cerdo Ibérico" (14€)


Lombo de Porco Preto

Um belo naco de lombo de porco, suculento e tenro. Cozinhado na perfeição, apresentou-se com um "polvilhado" de queijo ralado (sabor idêntico ao queijo Pecorino, mas não consegui decifrar a verdadeira identidade do mesmo). Novamente o acompanhamento da carne a ser semelhante entre os três pratos experimentados. Seria interessante que, uma vez que este método de confecção de batata salteada o permite, existissem ligeiras variações com a presença de algum tomilho, alecrim, pimentão-doce ou outro qualquer condimentos que funcione bem com carne.

  • "Ovos Revueltos de Espargos Verdes" (8€)


Ovos mexidos com espargos verdes

Ovos mexidos na perfeição !! Não existe muito que se possa dizer deste prato. Os espargos verdes mostraram resistência à dentada tal como é pedido, criando o efeito crocante no meio de uns ovos mexidos "a escorrer" de sabor delicado e bem presente. Delicioso sem dúvida !

Quatro pratos e duas garrafas de vinho depois é chegada a hora de saborear as sobremesas, existindo sete opções à escolha na carta.
  • "Léria" (2€)

Pequeno rissol de ovos moles. Sabor intenso, bastante doce e de dimensão correcta.

  • "Bolo de Chocolate" (4€)
Sobremesa aconselhada pelo chefe. Massa macia e bastante leve com um recheio perfeito de chocolate.

  • "Sorvete Rubro" (3€)
Sorvete de Limão com Espumante

Sobremesa refrescante, em que a acidez do limão conjugou na perfeição com o espumante.
  • Creme Brulée de Pêra (3,5€)


Esta sobremesa apresentou-se bem flamejada, com o topo a oferecer alguma resistência à colher. O "crunch" da colher a quebrar essa barreira flamejada é a abertura de uma porta misteriosa de sabor e textura. A um creme brulée exige-se que não seja muito líquido nem muito sólido, e neste caso encontrou-se algo mais parecido a um pudim do que a um creme brulée. De sabor suave e pouco adocicado, esperava mais desta sobremesa. Infelizmente não cumpriu com a expectativa.

Em suma, o restaurante Rubro é um local agradável remetendo-nos a memórias de tempos de tertúlia, com um serviço eficiente, profissional e atencioso. A carta de vinhos é uma grande mais valia deste restaurante, onde poderá ter agradáveis descobertas de néctares nacionais e internacionais. Os pratos, com apresentação banal e descuidada, mostraram monotonia no acompanhamento aos elementos nobres desta casa - a carne. As sobremesas não sendo fabulosas também não comprometem.
Nota positiva para as tapas, essas sim, agradáveis surpresas.

Contas feitas, para quatro convivas, a factura apresentou 140€ de despesa. Talvez um pouco caro para a experiência vivida (~35€/pax), e uma vez que um dos fortes do restaurante é a carta de vinhos, dificilmente se conseguirá baixar dos 30€/pax.

Apesar disso, é um restaurante digno de ser visitado para uma tertúlia em torno da mesa, ao bom jeito latino.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Las Vegas #1 - Chegar ao destino

Sabem o que se diz de Las Vegas - "What goes in Vegas, stays in Vegas", mesmo assim irei partilhar a minha experiência numa série de posts.

Primeiro à que chegar a Las Vegas e existem inúmeras combinações possíveis de voos, penso que a opção deve de cair sempre sobre a viagem mais barata. De qualquer das formas preparem-se para uma viagem longa.



Lisboa - Philadelphia - Las Vegas (2009)
Lisboa - London - Las Vegas (2010)

Não me recordo quanto foi cada viagem, mas preparem-se para gastar entre 600€ a 800€.

E ainda o avião não aterrou e já se tem um vislumbre da cidade do pecado, porque o aeroporto internacional é "colado" à Strip (a avenida principal).




O voo sobre o deserto do Nevada é estranho pois só se vê areia (de dia) e "escuro" (de noite), no entanto, se tiverem a sorte de aterrar durante a noite, a vista é fabulosa pois no meio de toda a escuridão do deserto do Nevada existe um "lago de luz" - Las Vegas.

O serviço alfandegário é apertado, algo geral em qualquer aeroporto internacional dos EUA, mas somente no momento de entrada no país. Isto quer dizer que se forem via outra cidade americana, como me aconteceu da primeira vez, entrarão directamente para uma zona cheia de slot-machines que não deixaria nenhum dos nossos casinos portugueses com vergonha. Houve um episódio caricato na segunda visita quando todo o sistema de segurança do aeroporto foi abaixo por causa dos fortes ventos que se faziam sentir. Fruto dessa situação, a passagem pela segurança e entrada no país levou mais de 2 horas.
Ahhhh, preparem-se para serem gozados pelos polícias do aeroporto, pelo menos comigo aconteceu na primeira visita quando me perguntaram o que ia fazer a Las Vegas, ao qual respondi - "vou a conferência MIX da Microsoft" e então a senhora polícia responde com "Vá lá, isso é a mentira que você contou a sua mulher, a mim tem de dizer a verdade!". Fiquei desarmado e sem saber como reagir, mas a senhora polícia ao me ver embasbacado remata com "vá-se lá embora e diga ao Bill Gates que eu quero um Windows melhor que o Vista" e lá me deixou ir a minha vida, ufffff !!

No regresso terão imenso tempo para usufruir do WiFi gratuito que o aeroporto disponibiliza e, se acharem que ainda não gastaram (ou perderam) dinheiro suficiente, só quando entrarem dentro do avião é que desaparecem as slot-machines e os restaurantes fast-food com doses regular, large, x-large (sim, as doses de batata frita podem ser assustadoramente grandes).
Mas não falemos já do regresso pois ainda agora chegámos a Las Vegas.
Próximo problema, escolher um hotel "que sirva no nosso bolso", será tratado na 2º parte deste post.

Até lá, lembrem-se da frase do Robert Louis Stevenson - "Eu não viajo para ir a algum lado, só por ir. A questão é circular"