quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Hotel "Miragem Cascais" - Restaurante Gourmet

Tive o privilegio de assistir e participar num serviço do restaurante Gourmet do hotel Cascais Miragem, a cargo do sous-chef Vitor Veloso.

O hotel "Miragem Cascais" é um hotel de 5 estrelas situado na marginal junto à marina de Cascais, com uma vista fantástica.


Este hotel está equipado com dois restaurantes:
- "Oasis":
"Uma combinação de frescos ingredientes, criam um delicioso buffet com diversas sugestões. As mesas estão dispostas no interior com ar condicionado ou no exterior, no terraço da piscina. Aberto para pequeno-almoço e almoço." (fonte: http://www.cascaismirage.com)
- "Gourmet":
"O galardoado restaurante Gourmet é um dos mais elegantes espaços do Hotel, gozando de uma vista única, para a marina de Cascais, acompanhado de um cuidado serviço e requintada carta, proporcionando experiências inesquecíveis. Os melhores ingredientes, combinam a cozinha tradicional portuguesa, com influências internacionais, numa escolha cuidada de opções preparadas pelo nosso Chef. Aberto todos os dias ao jantar." (fonte: http://www.cascaismirage.com)

Durante o periodo do Verão, ambos restaurantes estão abertos para jantar, ficando o "Oásis" a funcionar com buffet de frios e quentes e as "meias pensões". Desta forma, o que nos esperava era um serviço de uma cozinha para dois restaurantes. Prometia sem dúvida !!

"Entrei ao serviço" às 16h e após fardamento completo, eis a cozinha:

Secção dos Quentes

A visita guiada por todas as secções a cargo do sous-chef Veloso e estava na hora de verificar se o "mise en place" de cada secção estava em ordem para o arranque do serviço e terminar o buffet (sushi, shots frios, saladas, comidas quentes)

Múltiplos shots frios e mini-saladas Caesars


A hora de jantar para os cozinheiros e chefes de sala foi as 18h, horário em que habitualmente as pessoas "comuns" tomam um lanche, mas para que apartir das 20h essas mesmas pessoas "comuns" se tornem em comensais com toda a atenção e carinho, os profissionais têm de ter horários díspares da restante sociedade.
Alguns pratos que sairam nessa noite contou com o "Amouse Bouche" do dia (todos os dias há uma surpresa diferente para os comensais)


Uma carne de porco confeccionada com as modernas técnicas de "slow cooking", com flores comestíveis e um delicioso puré de maçã. A expressão "Amouse Bouche" quer dizer "Alegrar a Boca" e foi mesmo o que este prato fez, uma verdadeira delícia.

Uma entrada de filetes de sardinha marinada em limão e outros "segredos", apresentada com uma simpática e estaladiça bolacha e um pequeno "concassé" de tomate (já foi reproduzida em casa e confirmou-se a verdadeira delícia pelas restantes visitas).


Sardinha Marinada com concassé de tomate
e bolacha crocante


Continuamos pelos produtos do mar com um bonito caril verde de tamboril. A palavra caril não deriva da planta caril como geralmente se pensa, mas sim de uma mistura de especiarias que varia consoante a região do Globo, e neste caso o "verde" é tailandês.
Ver a confecção do próprio molho e efectuar várias provas ao longo do processo de forma a apreender todas as alterações do aroma e paladar do mesmo, foi sem dúvida um ponto interessante da experiência. Todo o "gastrónomo" ou bom apreciador de comida deveria de saber que os molhos são a base de todas as cozinhas.

Caril verde de Tamboril

"Ragoût", termo francês derivado da palavra "ragoûter" ou "reavivar o sabor". Este termo é muito conhecido no mundo gastronómico e em termos técnicos estamos perante um estufado, técnica de cozedura lenta sobre lume baixo. Este termo tem uma declinação em italiano - "Ragù", sendo talvez mais conhecida devido ao tradicional "molho à bolonhesa" (ragù bolognese). O prato que se segue é um agradável estufado de legumes com feijão branco a acompanhar coelho.

Ragoût de Feijão Branco com Coelho

Um dos pratos que maior fascínio me suscitou foi o lombinho de porco preto cozido lentamente com manteiga e erva doce, acompanhado de um creme de espargos, maçã, lentilhas e chalota salteada.


Lombo de Porco Preto com Creme de Espargos e Maçã, Lentilhas e Chalota salteada.


Houve muitos mais pratos a sair nessa noite, bem como múltiplas repetições dos pratos mencionados acima. Infelizmente não foi possível estar constantemente a tirar fotografias pois ou tirava fotos ou participava na prova e confecção do prato.

A qualidade dos produtos é exímia bem como a técnica dos cozinheiros da grande brigada do "Hotel Miragem Cascais". O "Blog dos Viajantes" aconselha uma visita a este restaurante para uma degustação, não só destes pratos apresentados mas também de outros existentes na carta.

Para terminar quero deixar o meu agradecimento ao sous-chef Vitor Veloso e ao director do departamento Food&Beverage pela disponibilidade e pela oportunidade.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Las Vegas #2 - Escolher um Hotel

No post anterior tinha-se como objectivo chegar a Las Vegas. Mas para que a festa comece, é necessário ter um "Quartel General" onde as tropas possam descansar da farra que é Las Vegas.

Os famosos hotéis, que se vêm na série CSI ou no filme "Oceans 11", estão todos localizados na Strip. Uma secção de cerca de 7km da Las Vegas Boulevard, que se poderá delimitar pelo hotel THEhotel do Mandalay Bay e o Stratosphere.

THEhotel
Stratosphere

Em Las Vegas ninguém fica sem tecto para dormir. Na Strip existem hotéis para todos os gostos e bolsas:
Luxor
Paris
Encore
- Fontainebleau Resort

Ufff....isto tudo num espaço de 7km, que podem ser percorridos a pé sem que a distância seja sentida. Vou-vos ser sincero, de ambas as vezes que fui a Las Vegas nunca fui além do Encore.
Estive hospedado em três hotéis - The Palazzo (uma das torres do The Venetian), Luxor Mandalay Bay.
A chegada ao Venetian é acompanhada de uma sensação muito estranha pois encontramos uma cópia da fachada do Palazzo Ducale de Veneza.
Notem as duas torres - Venetian e Palazzo

A vista de dentro deste "Palazzo Ducale" é um "Grand Canal", com imensos gondoleiros e cuja água é mais límpida que a original de Veneza.
Grand Canal, Campanile e Ponte Rialto

Entramos dentro do hotel propriamente dito para que possamos proceder ao check-in e o deslumbre não termina.
Lobby

O atendimento foi fenomenal, todo e qualquer funcionário uniformizado a rigor, sem um único cabelo desalinhado e com um grande sorriso no rosto. Dão-nos a indicação de como nos dirigirmos à torre correcta do quarto que nos foi destinado, e para tal tivemos de percorrer 2 casinos e imensas "ruas" com canais (a la Venezia).

Notem o tecto, um céu com nuvens e que dão a sensação
de que é sempre de dia e que as nuvens se deslocam.


Os gondoleiros, vestidos a rigor, cantarolam o "Oh Sole Mio" deixando os americanos completamente loucos de fascínio. 
Como será quando vão à verdadeira Veneza ?!? Esse pensamento acompanhou-me durante os dias em que permaneci no Venetian.
Chegado à torre Palazzo, subimos para o quarto que nos foi destinado, um dos "Bella Suite".

Quarto
Sala
Casa de Banho

Recordo que na altura o preço destes quartos, rondava os US$250/noite, mas como fui para uma convenção que iria decorrer dentro das próprias instalações do Venetian, todos os participantes tiveram direito a uma atenção e o preço desceu para US$150. É interessante notar que esse passou a ser o valor actual para estes quartos (à altura de escrita deste post, era o valor encontrado no site).
Não se enganem, Las Vegas são casinos, hotéis, lojas, espectáculos e mais casinos, hotéis, lojas, espectáculos ... logo, passear dentro dos hotéis e dos seus casinos, quer seja jogador ou não, é um dos "must do" da cidade.
Mais algumas imagens do interior do Venetian.
Lobby do Venetian

Canais no Venetian



Lobby do Palazzo

Casino do Palazzo

Uma vez que era a primeira vez que estava em Las Vegas, decidi ficar mais uma noite assim que a convenção terminou. Novo problema, o preço do Venetian disparou para os "regulares" US$250/noite, valor que não estava disposto a pagar. Peguei nas malas e comecei literalmente a bater as portas dos hotéis, e o seleccionado foi o Luxor.

Vista da entrada do Luxor
(Jardins, Esfinge e Pirâmide)



Interior da Pirâmide(casino ao nível do solo, quartos nas paredes)


Como qualquer hotel de Las Vegas, é obrigatório ter múltiplos bares, restaurantes e salas de jogo.

Casino do Luxor

Quarto standard

Neste hotel uma noite ronda os US$85, um valor bem mais aceitável numa cidade onde tudo é caro.
Mesmo ao lado do Luxor encontra-se o Mandalay Bay, com valores igualmente interessantes apartir de US$90/noite.
Mandalay Bay visto da Strip


Vista aérea do Mandalay Bay e da praia privativa

No Mandalay Bay temos um aquário com múltiplos peixes exóticos, incluindo tubarões; temos casinos, bares e restaurantes interessantissimos; e uma piscina com areia da praia, nadadores salvadores ao bom estilo BayWatch e muita gente bonita.


Este é o aspecto da praia totalmente apinhada. Infelizmente perdi todas as minhas fotografias da segunda viagem, pois encontrei a praia igualmente apinhada mas com tons esverdeados por ser o dia de St.Patrick.

A estadia em Las Vegas, apesar de poder tornar a experiência mais ou menos empolgante, está ao alcance de todas as bolsas, não se tornando uma desculpa para não visitar pelo menos uma vez esta cidade.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Os 10 melhores hostels de Amesterdão

O jornal Inglês ‘The Guardian’ elegeu recentemente os 10 melhores hostels de Amesterdão e nós achámos que seria a altura ideal para te dar algumas dicas sobre esta cidade!

Quisera eu ter tido estas sugestões quando lá fui há 4 anos atrás, pela primeira vez. Bem, a verdade é que provavelmente não poderia ter ficado em nenhum destes hostels. É que apesar do "The Guardian" os ter considerado "budget bed", a verdade é que um hostel com quartos duplos entre 70€ a 100€ não é propriamente cheap para os tugas. Mas pronto... conta a intenção!

Amesterdão é uma cidade interessante, com uma cultura única e uma beleza intrínsecamente ligada aos múltiplos canais de água, que labirinticamente correm a cidade.


Ver mapa maior

Está longe de ser a minha cidade Europeia favorita, mas recomendo uma visita de 2/3 dias, com um grupo de amigos porreiro! Há que cometer "loucuras" nem que seja uma vez na vida e Amesterdão é a cidade perfeita para isso. Sim, estou a falar de passarem uma tarde animada numa das muitas "coffee shops", não.. não estava directamente a falar do "Red Light District", mas gostos são gostos e em Amesterdão há gostos para tudo :)




Para quem como eu, gosta de viajar sem gastar muito dinheiro, proponho que adquiram logo à chegada, no aeroporto de Schiphol, o I Amersterdam Card, um cartão que te dará acesso gratuito a museus, transportes públicos e descontos em restaurantes e bares! Vejam o video promocional aqui:


Em relação a preços... tenho ideia de terem subido ligeiramente desde a minha primeira visita, pois creio que paguei 50€ por 72 horas, mas de qualquer forma, vale sempre a pena pois têm transportes de borla, tours de barco pelo canal (e são bem caros), museus e ainda os ditos vouchers de desconto. Podem consultar todas as atracções turísticas de Amesterdão aqui.

Preços actualizados:



I amsterdam City Card for 72 hours - € 59,00

Para terminar, não é só o centro de Amesterdão que é belo e vale a pena visitar! Recomendo uma tarde de passeio pelos arredores e visitar um dos muitos famosos moinhos de vento. Eu visitei o Molen Van Sloten mas existem muitos mais.



A paisagem é dominada pelo verde intenso dos campos holandeses, como podem reparar pelas minhas fotografias e se forem na altura certa do ano, poderão ver os imensos campos de flores!

Espero que disfrutem!

sábado, 3 de setembro de 2011

Restaurante Rubro

Os viajantes encerraram mais uma semana de trabalho com uma visita a um restaurante da nossa capital. Desta feita dirigimo-nos à Praça de Touros do Campo Pequeno com uma reserva no restaurante Rubro (antigo "VinoTinto").
O restaurante dispõe de uma esplanada que, num dia soalheiro, convida à toma de uns aperitivos ou mesmo da refeição.
O interior, com bancos corridos e mesas em madeira, remetem-nos para memórias das antigas tabernas, mas não se deixe enganar, apesar de minimalista é bastante acolhedor.

Restaurante conhecido pela extensa carta de vinhos, toda uma fachada recheada de néctares nos acompanha à medida que percorremos os degraus que ligam o piso térreo ao andar superior. Para esta refeição optou-se por um "Pinga Amores - Reserva 2009" (16€), vinho alentejano produzido pela Senhora da Penha e de autoria do enólogo Celso Pereira.
Nota do Adegga: 4/5
Breve história no The Wine Company

Colocado o vinho a respirar passou-se aos "comes".
Restaurante espanhol que se preze tem as tão famosas tapas, e o Rubro dispõe de uma simpática e interessante carta neste capítulo.
Menu "Degustação de Tapas" (dose e meia)

Começando pelo canto superior esquerdo e no sentido dos ponteiros do relógio temos:
  • "Mini Trouxas de Chèvre". Massa folhada a fazer o papel que lhe era devido, o queijo de cabra intenso cortado ligeiramente com compota de frutos vermelhos e alguns frutos secos para ajudar ao crocante da massa. Uma verdadeira delicia!
  • "Mini Hambúrguer de Alheira e Espinafres". Alheira apresentada como se de um hambúrguer se tratasse, numa cama de espinafres salteados com uma base de bolacha. Não sendo fenomenal, o crocante da bolacha ajuda a criar alguma diversão dentro da boca.
  • "Courgette com Gambas". Que agradável surpresa, o sabor delicado da courgette a "esconder" uma gamba suculenta e cozinha no ponto.
  • "Peixinhos da Horta". Vou confessar que não sou grande apreciador de peixinhos da horta, mas estes estavam tão bons quanto os que a minha avó materna fazia, se a memória não me falha. Bem escorridos de óleo, não se tornaram nada enjoativos. Estaladiços por fora e com o feijão verde suculento e bem verdinho como manda a tradição. Cumpriu.
  • "Shot de Gaspacho de Maçã". Gaspacho à moda de Espanha, uma sopa portanto. A acidez da maçã conjuga na perfeição com o sabor do pepino, criando uma verdadeira busca de sabores. Interessante.
Cada dose de tapas custa 4€ tendo a degustação o valor de 12€.
Entre o momento em que começa a bebericar o seu vinho e a chega das tapas, terá um couvert de pão e azeite.

Para a refeição provou-se os seguintes pratos:
  • "Chuletón de Buey" (35€)
Costeletão de Boi

Uma costeleta de boi bem selada, permitindo que o interior, mal-passado, conserve os sucos da carne. Tempero digno de carne grelhada, estava saboroso e muito tenro. A acompanhar com batata pré-cozida e salteada com pele. Na carta este é um dos pratos aconselhados pelo chefe e tem uma nota que deverá de ser partilhada. Pois bem, deverá de ser partilhada por pessoa e meia no máximo.
Apesar do tempero, da textura e da confecção perfeita da carne, pede-se mais de um "costeletão" de boi. Estes tipos de pratos são, como diria o celebrity chef Jamie Oliver, dignos de um Captain Caveman, quer-ser muito mal-passado, tenro, bem temperado e GRANDE. Talvez se retirarem a nota "para partilhar" deste prato, então estamos de acordo!

  • "Plumas de Cerdo Ibérico" (12€)
Plumas de Porco Preto

Mais um prato aconselhado pelo chef, a carne apresentou-se perfeita. Grelhada no ponto certo, muitíssimo tenra, sem muita gordura e saborosa. Acompanhamento idêntico ao prato anteriormente descrito, mostrou alguma monotonia.

  • "Solomillo de Cerdo Ibérico" (14€)


Lombo de Porco Preto

Um belo naco de lombo de porco, suculento e tenro. Cozinhado na perfeição, apresentou-se com um "polvilhado" de queijo ralado (sabor idêntico ao queijo Pecorino, mas não consegui decifrar a verdadeira identidade do mesmo). Novamente o acompanhamento da carne a ser semelhante entre os três pratos experimentados. Seria interessante que, uma vez que este método de confecção de batata salteada o permite, existissem ligeiras variações com a presença de algum tomilho, alecrim, pimentão-doce ou outro qualquer condimentos que funcione bem com carne.

  • "Ovos Revueltos de Espargos Verdes" (8€)


Ovos mexidos com espargos verdes

Ovos mexidos na perfeição !! Não existe muito que se possa dizer deste prato. Os espargos verdes mostraram resistência à dentada tal como é pedido, criando o efeito crocante no meio de uns ovos mexidos "a escorrer" de sabor delicado e bem presente. Delicioso sem dúvida !

Quatro pratos e duas garrafas de vinho depois é chegada a hora de saborear as sobremesas, existindo sete opções à escolha na carta.
  • "Léria" (2€)

Pequeno rissol de ovos moles. Sabor intenso, bastante doce e de dimensão correcta.

  • "Bolo de Chocolate" (4€)
Sobremesa aconselhada pelo chefe. Massa macia e bastante leve com um recheio perfeito de chocolate.

  • "Sorvete Rubro" (3€)
Sorvete de Limão com Espumante

Sobremesa refrescante, em que a acidez do limão conjugou na perfeição com o espumante.
  • Creme Brulée de Pêra (3,5€)


Esta sobremesa apresentou-se bem flamejada, com o topo a oferecer alguma resistência à colher. O "crunch" da colher a quebrar essa barreira flamejada é a abertura de uma porta misteriosa de sabor e textura. A um creme brulée exige-se que não seja muito líquido nem muito sólido, e neste caso encontrou-se algo mais parecido a um pudim do que a um creme brulée. De sabor suave e pouco adocicado, esperava mais desta sobremesa. Infelizmente não cumpriu com a expectativa.

Em suma, o restaurante Rubro é um local agradável remetendo-nos a memórias de tempos de tertúlia, com um serviço eficiente, profissional e atencioso. A carta de vinhos é uma grande mais valia deste restaurante, onde poderá ter agradáveis descobertas de néctares nacionais e internacionais. Os pratos, com apresentação banal e descuidada, mostraram monotonia no acompanhamento aos elementos nobres desta casa - a carne. As sobremesas não sendo fabulosas também não comprometem.
Nota positiva para as tapas, essas sim, agradáveis surpresas.

Contas feitas, para quatro convivas, a factura apresentou 140€ de despesa. Talvez um pouco caro para a experiência vivida (~35€/pax), e uma vez que um dos fortes do restaurante é a carta de vinhos, dificilmente se conseguirá baixar dos 30€/pax.

Apesar disso, é um restaurante digno de ser visitado para uma tertúlia em torno da mesa, ao bom jeito latino.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Las Vegas #1 - Chegar ao destino

Sabem o que se diz de Las Vegas - "What goes in Vegas, stays in Vegas", mesmo assim irei partilhar a minha experiência numa série de posts.

Primeiro à que chegar a Las Vegas e existem inúmeras combinações possíveis de voos, penso que a opção deve de cair sempre sobre a viagem mais barata. De qualquer das formas preparem-se para uma viagem longa.



Lisboa - Philadelphia - Las Vegas (2009)
Lisboa - London - Las Vegas (2010)

Não me recordo quanto foi cada viagem, mas preparem-se para gastar entre 600€ a 800€.

E ainda o avião não aterrou e já se tem um vislumbre da cidade do pecado, porque o aeroporto internacional é "colado" à Strip (a avenida principal).




O voo sobre o deserto do Nevada é estranho pois só se vê areia (de dia) e "escuro" (de noite), no entanto, se tiverem a sorte de aterrar durante a noite, a vista é fabulosa pois no meio de toda a escuridão do deserto do Nevada existe um "lago de luz" - Las Vegas.

O serviço alfandegário é apertado, algo geral em qualquer aeroporto internacional dos EUA, mas somente no momento de entrada no país. Isto quer dizer que se forem via outra cidade americana, como me aconteceu da primeira vez, entrarão directamente para uma zona cheia de slot-machines que não deixaria nenhum dos nossos casinos portugueses com vergonha. Houve um episódio caricato na segunda visita quando todo o sistema de segurança do aeroporto foi abaixo por causa dos fortes ventos que se faziam sentir. Fruto dessa situação, a passagem pela segurança e entrada no país levou mais de 2 horas.
Ahhhh, preparem-se para serem gozados pelos polícias do aeroporto, pelo menos comigo aconteceu na primeira visita quando me perguntaram o que ia fazer a Las Vegas, ao qual respondi - "vou a conferência MIX da Microsoft" e então a senhora polícia responde com "Vá lá, isso é a mentira que você contou a sua mulher, a mim tem de dizer a verdade!". Fiquei desarmado e sem saber como reagir, mas a senhora polícia ao me ver embasbacado remata com "vá-se lá embora e diga ao Bill Gates que eu quero um Windows melhor que o Vista" e lá me deixou ir a minha vida, ufffff !!

No regresso terão imenso tempo para usufruir do WiFi gratuito que o aeroporto disponibiliza e, se acharem que ainda não gastaram (ou perderam) dinheiro suficiente, só quando entrarem dentro do avião é que desaparecem as slot-machines e os restaurantes fast-food com doses regular, large, x-large (sim, as doses de batata frita podem ser assustadoramente grandes).
Mas não falemos já do regresso pois ainda agora chegámos a Las Vegas.
Próximo problema, escolher um hotel "que sirva no nosso bolso", será tratado na 2º parte deste post.

Até lá, lembrem-se da frase do Robert Louis Stevenson - "Eu não viajo para ir a algum lado, só por ir. A questão é circular"

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Restaurantes em Lisboa: SEA ME - Peixaria Moderna

Fomos pela 2ª vez ao "SEA ME - Peixaria Moderna", o novo local de eleição no Chiado, para comer o que de melhor o nosso mar tem para oferecer!

Para começar, se quiserem experimentar as delícias deste restaurante de conceito inovador, comecem por pegar no telefone e fazer uma marcação. Seja que dia da semana for, a tendência é para que esteja sempre a lotado e especialmente, se quiserem ir numa 6ª feira ou Sábado à noite, é quase certo que batam com o nariz na porta ou que tenham de se contentar com um espacinho ao balcão do bar (como nos aconteceu nesta última vez).

O espaço é acima de tudo... diferente! O nome diz tudo - peixaria moderna - é assim que melhor consigo descrever este restaurante/peixaria/bar. No fundo da sala podemos encontrar uma bela banca de peixe, recheada com uma grande variedade de peixes e mariscos sempre frescos (que podemos comprar e levar para casa) e o balcão de sushi (que não podia faltar, não fosse o principal elemento - o peixe!).



A maioria das mesas estão dispostas a todo o comprimento da sala (o que dá um ar bastante pitoresco), no entanto, os pormenores, tons e materiais de decoração são contemporâneos, o que dá de facto jus ao nome deste espaço!


Mas, vamos ao que interessa... o que se come por lá? Praticamente tudo o que venha do mar claro, numa ementa bastante variada desde entradas e petiscos, a pratos principais, a marisco, a sushi e até carne (para os que os que só vão acompanhar os verdadeiros apreciadores de peixe).

O que sugerimos? Bem... confesso que já lá fui duas vezes e das duas vezes não consegui chegar sequer ao prato principal! Os petiscos são divinais e a chamada "vaquinha" torna-se praticamente irresistível. Por isso sugerimos:

- Choco frito com shisô em tempura preta (4€) - sem dúvida um dos meus petiscos favoritos!



- Pataniscas ninja de marisco (4€)

- Ceviche de peixes com molho de citrinos, rúcula e abacate (6€)


- O sushi recomenda-se altamente, sendo que sugiro que provem obrigatoriamente o Kani norimaki (caranguejo real com abacate, cebolinho e tobikko (6€ por 5 peças)!



- Ahh e claro...para beber a fantástica sangria de vinho branco... DIVINAL!

- Como sobremesa, recomendamos vivamente a Maria Bolacha (bolacha em redução de Porto, espuma Maria e café, que adicionamos na hora...) - 4,5€



Para visitarem a vasta ementa consultem o site www.peixariamoderna.com/.

No final... as contas rondaram sempre os 20-25€ por pessoa, mas varia muito de acordo com o tipo de prato que escolhemos (se formos para o marisco ou prato principal, deverá exceder esse valor).

Convidamos portanto a que experimentem este excelente restaurante, que certamente vos irá "desenjoar" do habitual restaurante de cidade...

Até breve...